domingo, 15 de novembro de 2009

MOÇAMBIQUE




DADOS GERAIS, DESCRIÇÃO, HISTÓRIA, FATOS RECENTES

DADOS GERAIS

GEOGRAFIA – Área: 799.380 km². Hora local: +5h. Clima: tropical. Capital: Maputo. Cidades: Maputo (1.134.000) (aglomeração
urbana) (2001); Matola Rio (440.927), Beira (412.588), Nampula (314.965) (1997).

POPULAÇÃO – 18,9 milhões (2003); nacionalidade: moçambicana; composição: macuas 46,1%, tsongas, malavis e chonas 53%,
outros 0,9% (1996). Idiomas: português (oficial), línguas regionais (principais: ronga, changã, muchope). Religião: crenças tradicionais
50,4%, cristianismo 38,4% (católicos 15,8%, protestantes 8,9%, outros 13,8%), islamismo 10,5%, outras 0,7%, ateísmo 0,1% (2000).

GOVERNO – República com forma mista de governo. Div. administrativa: 11 províncias subdivididas em municipalidades. Presidente:
Joaquim Alberto Chissano (Frelimo) (desde 1986, reeleito em 1994 e 1999). Primeiro-ministro: Pascoal Manuel Mocumbi (Frelimo) (desde
1994). Partidos: Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Resistência Nacional Moçambicana (Renamo). Legislativo: unicameral –
Assembléia da República, com 250 membros. Constituição: 1990.

ECONOMIA – Moeda: metical; cotação para US$ 1: 23.220 (jul./2003). PIB: US$ 3,6 bilhões (2001).

DEFESA – Exército: 9-10 mil*; Marinha: 150; Aeronáutica: mil (2002). Gastos: US$ 71 milhões (2001).

RELAÇÕES EXTERIORES – Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI, OMC, ONU, SADC, UA. Embaixada: Tel. (61)
248-4222, fax (61) 248-3917 – Brasília (DF); e-mail: embamoc-bsb@uol.com.br.
*Efetivo real não confirmado

DESCRIÇÃO

Ex-colônia portuguesa, Moçambique situa-se no sudeste da África. Embora o português seja o idioma oficial, a língua é falada por apenas
40% da população – majoritariamente negra e formada por vários grupos étnicos. Os quase 20 anos de guerra civil, encerrada em 1992,
deixam 1 milhão de mortos e graves conseqüências sociais. A taxa de analfabetismo fica acima de 50%. Com uma das menores rendas
per capita no mundo, o país depende de ajuda externa e tenta reconstruir a economia, que tem bom potencial na pesca, na extração de
gás, na mineração e na exploração madeireira. O desemprego é elevado, e 80% dos habitantes praticam agricultura de subsistência.

HISTÓRIA

A região do atual Moçambique é habitada desde pelo menos o Paleolítico, e o contato com outras civilizações remonta à presença árabe,
desde o século XI da Era Cristã. Vasco da Gama, navegador português, chega a essa porção da costa africana em 1498. O Império
Português toma posse da região no século XVI, e seu domínio se estende por quase 500 anos. A exploração colonial tem como foco a
extração de ouro e marfim e o comércio de escravos. Em 1951, Moçambique torna-se uma Província Portuguesa do Ultramar. O
movimento nacionalista surge na década de 1950 e ganha impulso em 1962, com a criação da Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo), sob a liderança de Eduardo Mondlane. A Frelimo inicia guerrilha contra os portugueses em 1964. Assassinado em 1969,
Mondlane é sucedido por Samora Machel.
O avanço da guerra anticolonial nos territórios portugueses da África reforça a crise da ditadura salazarista em Portugal. Com a Revolução
dos Cravos, em abril de 1974, a administração colonial portuguesa desmorona. Moçambique obtém independência em 1975, sob o governo
marxista da Frelimo, chefiado por Machel.

Guerra civil – Entra em cena na década de 1970 a guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), grupo anticomunista
apoiado pelo governo da África do Sul. Nos anos 1980, a seca e a guerra civil provocam fome em larga escala. Machel morre em 1986 e é
sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que reintroduz a propriedade privada da terra.

Pacificação – Em 1990, a Frelimo abandona a referência ao socialismo, institui a economia de mercado, legaliza os partidos e abre
negociação com a Renamo. As duas partes assinam acordo de paz em 1992. A miséria é generalizada e as minas terrestres espalhadas
pelo país dificultam o desenvolvimento da agricultura. Em 1994 são realizadas eleições presidenciais e legislativas. Chissano é eleito
presidente com pouco mais de 50% dos votos. Nas eleições de 1999, é reeleito. Em 2000, manifestação da Renamo que apontava a
existência de fraude nas eleições do ano anterior é reprimida. Depois disso, o diálogo entre as partes é retomado.

FATOS RECENTES

Em 2002, o ex-ministro Armando Emilio Guebuza, eleito secretário-geral da Frelimo, é anunciado como candidato da situação às eleições
presidenciais de 2004. Chissano não pretende concorrer. Em novembro, Nhyimpine Chissano, filho do presidente, é apontado como
mandante do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, ocorrido dois anos antes, por dois dos seis acusados pelo crime. Em janeiro de
2003, os réus são condenados a até 28 anos de prisão, e a implicação de Nhyimpine não é provada. Em setembro, a justiça acusa 12
pessoas de desviar 14 milhões de dólares de um banco estatal, em 1996, em caso relacionado à morte de Cardoso. Três dos acusados
estão entre os condenados pelo crime.

Minas terrestres dificultam reconstrução

A guerra civil em Moçambique deixa como terrível herança cerca de 2 milhões de minas terrestres espalhadas no território. Em 1992 se
apurou que 123 das 128 municipalidades então existentes estavam minadas. De difícil detecção – pois podem ser de metal, plástico ou
madeira –, os artefatos tornam perigoso o ato de andar em lavouras, imediações de fontes de água, praias e rodovias e obstruem a
reconstrução econômica.
O custo da limpeza é alto: uma mina pode ser comprada por 3 dólares, mas sua retirada exige no mínimo 300 dólares (equipamento e
pessoal treinado). Hoje, Moçambique recebe ajuda para fazer a limpeza e assina tratado internacional antiminas.
A África é o continente mais afetado pelo problema. Estima-se que haja 30 milhões de minas espalhadas por 26 países africanos. Os
mais atingidos são Angola, Moçambique, Somália, Chade e Sudão.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALMANAQUE ABRIL 2004

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Angola



DADOS GERAIS(2004)

GEOGRAFIA – Área: 1.246.700 km². Hora local: +4h. Clima: tropical (maior parte), árido tropical (O). Capital: Luanda. Cidades: Luanda
(2.819.000) (aglomeração urbana) (2001); Huambo (203.000), Benguela (155.000), Lobito (150.000) (1983); Lubango (105.000) (1984).

POPULAÇÃO – 13,6 milhões (2003); nacionalidade: angolana; composição: grupos étnicos autóctones 99% (principais: ovimbundos
37%, umbundus 25%, congos 13%, luimbés 5%, imbés nianecas 5%), europeus ibéricos 1% (1996). Idiomas: português (oficial), línguas
regionais (principais: umbundu, quimbundo, quicongo, ovimbundo, congo). Religião: cristianismo 94,1% (católicos 62,1%, protestantes
15%, outros 16,9%), crenças tradicionais 5%, sem religião e ateísmo 0,9% (2000).

GOVERNO – República presidencialista. Div. administrativa: 18 províncias. Presidente: José Eduardo dos Santos (MPLA) (desde 1979,
eleito em 1992). Partidos: Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola
(Unita). Legislativo: unicameral – Assembléia Nacional, com 223 membros. Constituição: 1975.

ECONOMIA – Moeda: kuanza; cotação para US$ 1: 75,12 (jul./2003). PIB: US$ 9,5 bilhões (2001).

DEFESA – Exército: 90 mil; Marinha: 4 mil; Aeronáutica: 6 mil (2002). Gastos: US$ 1,5 bilhão (2001).

RELAÇÕES EXTERIORES – Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, SADC, UA. Embaixada: Tel. (61) 248-2915, fax (61)
248-1567 – Brasília (DF); site na internet: www.angola.org.br.

DESCRIÇÃO

Ex-colônia portuguesa, Angola viveu em guerra por 40 anos, com saldo de mais de 1 milhão de mortos. Primeiro foi a luta pela
independência, desde 1961. Em 1975 começa a guerra civil, cujo fim só ocorre em 2002. A economia, baseada na exploração de petróleo
– mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) – e diamantes, fica seriamente prejudicada. O país tem baixos indicadores sociais: os
angolanos vivem em média 46 anos e mais da metade não é alfabetizada. Terra de origem da maioria dos escravos trazidos para o Brasil,
Angola situa-se no sudoeste da África.

HISTÓRIA

Dentre os grupos banto que ocupam a região no primeiro milênio da era Cristã, destaca-se o reino do Congo, que recolhe tributos das
províncias sob sua soberania, incluindo parte da atual Angola. Próspero, esse Estado assiste à chegada do navegador português Diogo
Cão, que aporta em 1482 na foz do rio Congo. A colonização portuguesa funda cidades que servem de base para o comércio de escravos,
como Luanda (1575) e Benguela (1617). As fronteiras oficiais de Angola são estabelecidas em 1891, seguindo o estabelecido na
Conferência de Berlim (1884-1885), que partilha a África entre as potências européias.

Independência – Em 1961 começa a luta armada pela independência. Três grupos expressam diferenças ideológicas: o Movimento
Popular de Libertação de Angola (MPLA), marxista e apoiado pela União Soviética; a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA),
sustentada pelos Estados Unidos (EUA); e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), inicialmente maoísta e depois
anticomunista, apoiada pelo regime sul-africano do apartheid.
Com a queda do regime salazarista em Portugal (1974) e a decisão de tornar Angola independente, as rivalidades entre esses movimentos
se agravam. O Acordo de Alvor, firmado em janeiro de 1975 entre Portugal e os três grupos, prevê um governo de transição. O acordo
fracassa, e a guerra civil começa quando Agostinho Neto, líder do MPLA, é proclamado unilateralmente presidente da República Popular
de Angola, de regime socialista.

Eleições e impasse – A FNLA dissolve-se no fim dos anos 1970, mas a Unita mantém sua guerrilha com o apoio da África do Sul e dos
EUA. Tropas cubanas ajudam a sustentar o governo. Em 1988, acordo entre Angola, Cuba e África do Sul define a retirada das tropas
cubanas e sul-africanas. Em seguida, o governo e a Unita assinam acordo de paz e convocam eleições para 1992. Observadores
internacionais atestam a vitória do candidato do MPLA à Presidência, José Eduardo dos Santos, com 49,57% dos votos. Jonas Savimbi,
líder da Unita, com 40%, não aceita a derrota e recomeça a guerra.

Acordo de Lusaka – Em 1994, MPLA e Unita assinam acordo de paz em Lusaka, na Zâmbia. Como resultado, um governo de união
nacional assume em 1997, mas Savimbi, que seria o vice-presidente, recusa-se a entregar o controle de áreas de exploração de diamante.
Os conflitos prosseguem.

FATOS RECENTES

As tropas do governo avançam sobre os territórios inimigos em 2001. Com a guerrilha encurralada, Jonas Savimbi morre em combate, em
fevereiro de 2002. A guerrilha volta à mesa de negociações. Em 30 de março é assinado memorando de entendimento validando os
acordos de Lusaka e, em 4 de abril, um cessar-fogo total. O acordo prevê a desmobilização dos 50 mil homens da Unita. A incorporação
de 5 mil ex-combatentes ao Exército e à polícia é concluída em agosto, marcando oficialmente o fim da guerra civil.
Em janeiro de 2003, o presidente empossa Fernando Piedade dos Santos como primeiro-ministro, após três anos de vacância do cargo.
Em junho, a Unita, agora partido político legal de oposição, elege Isaias Samakuva novo líder.

A herança da guerra

Como resultado de décadas de guerra, o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola despenca entre 1996 e 1999, aprofundando a miséria. A
pacificação, em 2002, traz a redução dos gastos militares, mas surge o custo de incorporação à vida nacional de milhares de integrantes
da Unita. Os investidores externos, porém, reagem com otimismo e prevêem que a produção de petróleo cru irá dobrar até 2007. Mesmo
com o conflito, Angola se mantém como o segundo principal produtor de petróleo na África ao sul do Saara – o primeiro é a Nigéria.
Os grandes desafios são reconstruir estradas e ferrovias e ampliar o cultivo da terra, dificultado pela existência estimada de 12 milhões
de minas terrestres. Em 2001 houve 339 acidentes com minas, e há cerca de 100 mil angolanos mutilados por elas. Em julho de 2002, o
governo de Angola adere oficialmente ao tratado de banimento das minas terrestres.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Almanaque Abril 2004

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Culinária africana e afro-brasileira

Elementos tradicionais da comida africanaHá diferenças significativas nas técnicas culinárias e nos hábitos de comer e beber do continente entre as regiões norte, leste, oeste, sul e central. Porém, em quase todas as culturas africanas, a culinária usa uma combinação de frutas disponíveis localmente, grãos, vegetais, leite e carne. Em algumas partes da África, a comida tradicional tem predominância de leite, coalhada e soro de leite. Entretanto, em boa parte da África tropical, o leite de vaca é raro.
Vegetais na culinária africanaVegetais ocupam um papel importante na culinária africana, sendo a principal fonte de vitaminas e fazendo parte de vários pratos constituídos de milho, mandioca, inhame e feijão. Esses vegetais também fornecem fonte secundária de proteínas. Em geral, folhas verdes e hastes jovens são coletadas, lavadas, cortadas e preparadas no vapor ou fervidas em combinação com especiarias e outros vegetais como cebola e tomate.
A maioria dos vegetais mais importantes na comida africana tem origem fora da África. Milho, feijão, mandioca e abóbora são originários das Américas e foram introduzidos na África pelos europeus no século 16. A maior parte do vegetais verdes africanos são resistentes à seca. A comida africana tradicional provê uma dieta variada geralmente rica em vitaminas e sais minerais, incluindo vitamina A, ferro e cálcio.
o norte da África, onde se tornou habitual o cultivo do trigo (incluindo a Etiópia e o norte do sudão) – esta culinária é desenvolvida na culinária mediterrânica – e
a África subsaariana onde, em geral, não é o trigo, mas outros vegetais farináceos que constituem a base da alimentação – é desta região que o presente artigo se debruça.
Ao contrário do norte de África, onde a base da alimentação é uma espécie de pão, na África subsaariana tradicionalmente é uma massa cozida em água que acompanha – ou é acompanhada – por diferentes guisados e grelhados. No entanto, o arroz e a batata aclimataram-se bem em várias regiões de África e atualmente pode dizer-se que metade das refeições têm estes vegetais como fonte de energia.
Na África austral e oriental, principalmente junto à costa, é o milho, moído em grandes pilões ou nas modernas moagens, que serve para fazer o substrato da culilnária africana. Nas regiões mais afastadas da costa, é o sorgo o cereal indígena que cumpre este papel, enquanto que na África ocidental o fufu é feito com os tubérculos do inhame e doutras plantas típicas dessas paragens. A mandioca, outro visitante de outras paragens que se radicou em África, é igualmente uma das fontes de energia utilizada nas regiões mais secas.
Então uma refeição “tipicamente africana” – normalmente consumida ao fim da tarde, depois do dia de trabalho – é formada por um grande prato de arroz ou massa de um dos vegetais mencionados acima, que é normalmente dividido criteriosamente pelos membros do agregado familiar, e uma panela com um guisado ou uma salada que acompanha um peixe ou naco de carne grelhada. Em relação a este “caril” (como se chama ao acompanhamento mais ou menos proteico da refeição em Moçambique), a divisão já tem regras mais rígidas, relacionadas com a divisão de trabalho na sociedade tradicional: o chefe da família tem direito ao melhor bocado, a seguir os restantes adultos e as crianças ficam praticamente com os restos, uma vez que durante as suas brincadeiras elas sempre vão comendo frutos ou mesmo um passarito que lhes apareça à frente.
Isto refere-se evidentemente às famílias que vivem nas zonas rurais – nas cidades, apesar da maior disponibilidade e variedade de alimentos, só uma pequena parte da população tem acesso a uma alimentação melhor que no campo. A maior diferença entre a refeição do africano rural e do pobre das cidades é o conjunto dos utensílios usados para cozinhar e servir os alimentos e do combustível utilizado; e, mesmo assim, as famílias rurais que têm ou tiveram um dos seus membros a trabalhar num país diferente por contrato, têm normalmente louça de cozinha e de mesa própria das cidades.
O “caril” típico em África é um guisado de vegetais, por vezes reforçado com uma pequena quantidade de peixe ou carne seca mas, na maior parte das vezes, a proteína é essencialmente vegetal. É comum em várias regiões – embora não seja um continuum – usar amendoim pilado como base do caril; o feijão, de que existe um grande número de variedades locais, é também uma importante fonte de proteínas. Naturalmente que as famílias de pescadores e, em geral, as pessoas que vivem junto à costa têm uma maior proporção deste tipo de proteína nas suas dietas mas, pelo contrário, os agricultores, que normalmente possuem também animais domésticos, não usam com tanta frequência a sua carne na alimentação diária. A carne, mesmo de galinha, é muitas vezes a “proteína do domingo” ou de celebrações especiais (casamentos, culto dos mortos, etc.)
Uma fruta muito conhecida na África meridional é a marula, uma variedade de noz comum na região. A maruleira (ou árvore da marula) é uma árvore de tamanho mediano originária das savanas e encontrada na África do Sul e da região da África oriental. Caracteriza-se por um tronco único cinzento e copa de folhas verdes, podendo atingir 18 metros de altura em baixas altitudes e pradarias abertas, típicas da savana. O licor de amarula produzido a partir da fruta é uma bebida africana exportada e comercializada em várias partes do mundo.
Comida afro-brasileiraPor volta do século 16 a alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominantes de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais como o azeite-de-dendê.
A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; e nas pobres era de farinha, laranja e banana. Os temperos utilizados na comida eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. O cuscuz já era conhecido na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e tem origem no norte da África, entre os berberes. No Brasil, o cuscuz é consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. O leite de coco é usado para regar peixes, mariscos, arroz-de-coco, cuscuz, mungunzá e outras iguarias.

Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Culin%C3%A1ria_da_%C3%81frica
http://www.copacabanarunners.net/culinaria-africana.html